Eu
nutria certa admiração pelo Ministro Marco Aurélio de “Mello”, mas não mais. Um dos motivos é por somente agora ter tomado
conhecimento de que ele é primo do ex-presidente Collor de Mello, enxotado da
Presidência da República pelo Povo Brasileiro, pois não havia me
apercebido da coincidência de seu sobre nome; outro motivo, por estar decepcionada,
considerando o perigoso retrocesso de
sua decisão, pondo em dúvida a competência e legitimidade do CNJ. E, com
isso, causou celeuma, mais descrenças, dúvidas e desconfianças dos cidadãos,
sobre a confiabilidade e seriedade do Poder Judiciário, por sinal já bastante
desacredito.
Agora
dá para entender o porquê de ser o ministro Marco Aurélio tão cheio de empáfia e descortesia.
Ora,
por em dúvida a competência do CNJ, como fez o Min. Marco Aurélio, de punir
desvios de magistrados e serventuários, que, são servidores públicos, já que
possuem uma folha de pagamento provindo do Poder Público, aliás, pagos por
todos os cidadãos, demonstra claramente, que, este ministro deva entender que
magistrados não são funcionários públicos, mas Deuses intocáveis. E, por isso,
podem praticar todos os tipos de irregularidades, sem punição. Ou será que ele
também, teme ser “investigado”, possuindo algo a esconder? Ora, quem não deve
não teme!
Acorda
desse devaneio, Ministro Marco Aurélio! As mordomias as quais Vossa Excelência usufrui,
são todas pagas pelos cidadãos de nosso país. Até mesmo o cidadão mais humilde
que ganha salário mínimo de fome,
mínimo do mínimo, participa dessas regalias que lhes são estendidas. Não
subestimes o poder do povo, eis que, não mais estamos nos primórdios tempos das
cavernas.
Outro
detalhe: a inércia de grande parte das corregedorias são reais e, por sinal,
permanecem hígidas. Ou seja, não punem.
Nem se dignam a investigar quando há reclamação com pedido de providências. Pelo menos aqui no RS, onde as reclamações
protocoladas são ignoradas. Tanto que, os responsáveis pelas serventias,
não diligenciam os autos de processos, ou seja: as laudas não são numeradas;
não expedem as notas de expediente, menos ainda fazem publicar; quando o
advogado precisa de uma “certidão”
para fins de recurso, em face deste não ser “intimado” através de “notas de expediente”, elaboram dita certidão
com erro grosseiro, fazendo parecer que o advogado é quem foi o desidioso; um
simples processo de RPV na origem
(onde não houve renúncia a excedente), de
idosa, corre nesta Vara desde 01/12/2003. E, mesmo a advogada peticionando
‘N’
vezes, invocando o Estatuto do Idoso e implorando o seu andamento, ficam os
autos dormindo no Cartório. Inclusive, pretendendo dar mais celeridade ao
feito, a advogada renunciou aos seus honorários sucumbenciais, já que o Réu é
sempre privilegiado, não a Autora que foi a vencedora. Mesmo assim, o processo
continua dormindo. Exemplo do que ocorre na 3ª VFP: Processo de Conhecimento nº
10502990760 – que correu de 01/12/2003 a 05/10/2005 (como consta no site do
TJ/RS); fase de Execução: processo nº 10523830290 – corre de 16/09/2005 até a
presente data. Aliás, consta no site do TJ/RS, em 06/12/2011, “ORDENADA NOTA DE
EXPEDIENTE” que, a exemplo do ocorrido durante todos estes anos, não será
expedida, menos ainda publicada.
A
quem reclamar, ao Papa, caso conseguissem os magistrados acabar com o CNJ, como
pretendiam?
O
porquê, de desejar a maioria dos magistrados, dar um “abafo” na Ministra
Eliana Calmon? O óbvio não precisa ser explicado. Imagina-se o caos
generalizado que seria se, por interesses meramente politiqueiros, acabassem
com o CNJ? Retornaria como já está ocorrendo, o “olho por olho, dente por dente” – retrocesso qualificado!
Não
podemos calar! Todos os brasileiros, do jurista ao mais simples cidadão do
povo, devem unir forças para dar apoio à aguerrida Ministra Eliana Calmon!
Não,
que ela precise de nós, mas sim, porque os jurisdicionados e os advogados
precisam dela.
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