Os Desembargadores Marcelo Bandeira Pereira
(Presidente), Guinther Spode (1º Vice-Presidente), Cláudio Baldino Maciel (2º
Vice-Presidente) e André Luiz Planella Villarinho (3º Vice-Presidente)
reassumiram hoje (10/2) pela manhã a Administração do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul.
Os quatro magistrados foram reempossados nos cargos
em decorrência da reconsideração do Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal
Federal (STF), em relação a duas decisões liminares relacionadas à Reclamação
número 13115, que resultou na suspensão da posse da atual Administração,
ocorrida no último dia 1º.
No despacho da reconsideração, o Ministro Fux manteve
sua decisão original apenas quanto à suspensão da posse do Corregedor-Geral da
Justiça. Esse cargo será exercido pelo 2º Vice-Presidente do TJRS, na forma do
Regimento Interno do TJRS, no caso o Desembargador Voltaire de Lima Moraes, que
exerceu o cargo de 2º Vice-Presidente no biênio 2011/2012.
Desembargadores Liselena, Baldino, Aquino,
Marcelo, Guinther e Villarinho:
união da antiga e nova gestão garantiu
normalidade aos serviços na Justiça gaúcha
Com a experiência de quem acumula 40 anos de
magistratura, o Desembargador Marcelo Bandeira Pereira fez questão de observar
que em matéria de Direito, são admitidas formas de interpretação diversas. No
entanto, fez uma ressalva. Temos absoluta convicção de que cumprimos a Lei
Orgânica da Magistratura e a interpretação que o próprio Supremo (Tribunal
Federal) deu em uma medida anterior, o que não significa nenhum desdouro a quem
pense em sentido contrário. E o que ficou ainda nessa situação é o
lamento pelo fato de não termos conseguindo revertê-la em seu todo, o que era e
continua sendo nosso objetivo.
Segundo o Desembargador Marcelo, a partir de
agora, haverá uma concentração de esforços para garantir a posse do
Corregedor-Geral eleito, Desembargador Orlando Heemann Júnior. Não vamos
afrouxar os esforços no sentido de colocar também na Corregedoria uma situação
ideal, para que o Desembargador Orlando reassuma o cargo para o qual foi eleito,
com maioria de votos 95 contra 28 votos.
Nesse sentido, o Desembargador Marcelo
ressaltou que o momento histórico, no qual se discute a amplitude de atuação do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é indispensável que se tenha nos Estados
Corregedorias-Gerais da Justiça fortes. A falta de fiscalização das Justiças
estaduais é que pode dar mais ou menos espaço ao CNJ, e nós aqui no RS nos
orgulhamos de ter ao longo do tempo uma Corregedoria-Geral da Justiça muito
eficiente, ponderou. E a eficiência da CGJ passa necessariamente pela
presença de um Corregedor exclusivo. Vamos tentar sensibilizar o STF para essa
necessidade e enfatizar que cumprimos a lei.
Des. Marcelo fez agradecimento à OAB/RS,
dirigida por Claudio Lamachia (E),
ao MP e a instituições e Poderes que manifestaram total apoio ao TJ gaúcho
ao MP e a instituições e Poderes que manifestaram total apoio ao TJ gaúcho
Articulação em
Brasília
Com o objetivo de reverter a decisão liminar, uma
comitiva de Desembargadores do TJRS passou a semana em Brasília, onde manteve
reuniões com Ministros do STF. O grupo foi integrado pelos Desembargadores
Marcelo Bandeira Pereira, Orlando Heemann Júnior, Arminio José Abreu Lima da
Rosa, Cláudio Baldino Maciel e Aymoré Roque Pottes de Mello.
Recebemos muita solidariedade, das mais
diferentes formas possíveis, de uma centena de pessoas de dentro e de fora do
meio jurídico, lembrou o Presidente do TJRS. Lá em Brasília sentimos a
força (do RS) e pudemos perceber a movimentação que se fazia em Porto Alegre
para reverter esse quadro, completou o Desembargador Marcelo, acrescentando
um agradecimento especial à mobilização da OABRS e do Ministério Público
Estadual. As forças políticas do Estado estavam todas de prontidão para
tentar sensibilizar o STF para que um dos Poderes do RS não permanecesse numa
situação institucional precária.
Texto: Ana Cristina
RosaAssessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arend
imprensa@tj.rs.gov.br
Publicação em 10/02/2012 11:58
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